quinta-feira, 28 de junho de 2007




A tecnologia do homem coisificado se resume em uma força exterior. E o que tá dentro? é bagaço? ou essência?



terça-feira, 26 de junho de 2007

A arte de viver (parte I)

Um dia antes ele tinha comido morango com açúcar, banana com aveia, mel, castanhas e manga com leite. Não sabia que tinha experimentado um veneno. Viu que o sangue que escorria de sua boca era um sinal. Porém, depois de ter travado algumas lutas em sua pseud0-realidade, tentou estancar seu sangramento com sal. Pode?!
Beltranus Moreira estava sozinho em casa numa bela noite de domingo. A lua já aparecia no céu. Beltranus olhava para o mar de sua janelea. Após ter coisificado sua vida em troca de felicidade durante anos, resolveu largar tudo e ir morar à beira-mar. Tinha deixado de comer algumas dessas coisas que supostamente fariam mal e redimiu-se ao papel de tolo para provocar ilusões durante quase toda sua vida. A troca nem sempre é justa. É para tanto que as novidades se revelam, como no mais puro olhar ao ver a vertigem sucubindo a céu aberto, mais puro que a cólera que faz dele um anormal. Onde já se viu?! manga com leite só faz mal pra quem tem convicção disso!
Ele seguia então ao segundo passo. As frutas colhidas em seu humilde jardim já não pareciam-lhe comestíveis. Os cogumelos, murchos, já não serviam-lhe um chá. E ao avistar o mar, só tristeza. Demonstrava ter dominado a técnica para ver o amadurecer do fruto antes do período da colheita, mas esse dom não foi dado à ele. Enganava os que pediam seu conselho e gostava de beber vinho e comer pão de alho em tempo quente. Tornou-se obsoleto no tempo.
Consigo, a realidade foi dura. Andou mundo a fora buscando a saída, mas tornou ao mesmo lugar de onde partira. Ao olhar o firmamento, vê sua vida passar diante de tanta beleza. A beleza que ofuscava-lhe a vista para esse mundo.
Ao terceiro passo, já conseguia estabelecer um equilíbrio entre o bem e o mal. Tinha vivido tempo suficiente pra saber o que queria. Mas, meus caros... a troca nem sempre é justa!. A vida parecia ir bem até descobrir a verdade.


(...)