terça-feira, 11 de dezembro de 2007

♪ Paricá

VAi
cura tua paz
que a luz dos mistérios
está fraca de mais

Vai
cura tua paz
que aquele remédio
não te serve mais

Bole então bole então bole então bole
você vai ficar
mole tão mole tão mole tão mole (2x)
como um guiozá

Não vai se ligar
no que acontecer
não vá me crisar
e nem se aparecer

não vá me crisar
e nem me aborrecer
não vai se ligar
e nem se aparecer

♪ Outro Lugar

Vou sair daqui
para outro lugar
não sei bem aonde vou
nem sei que horas vou voltar

Num mundo em desespero
em que vivemos a sonhar
com a paz da humanidade
mas sei que um dia vai mudar

Detrás daquele monte
nós podemos descansar
uma luz no horizonte
pra onde Jah vai nos guiar

Hoje estou aqui
posso amanhã não mais estar
enquanto isso vou cantando
a paz para todos em qualquer lugar

Enfrentar a solidão
também ouvir meu coração
que só quer amor

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Eu agora

Esse eu a que vês agora;
todo carece de pleno poder,
quando atrás de um Eu que lá fora,
se ilude querendo saber,

O que sei sendo Eu nessa hora;
a que tento, porém, esquecer;
um remédio pra ver se melhora,
poesia se faz merecer.

Nesse mundo em que o vivo dinheiro,
alegrias se podem comprar;
compreendo esse teu desespero,
de quem nisso só sabe pensar.

O Ser e o ter

Já pensou se um dia o amor,
não pudesse em fim se comprar?
a não ser por uma bela flor
ou palavras que saltam do olhar;

Acontece é que o mundo ficou,
resumido em que posso gastar;
se o que tenho, meu bem, não bastou
para ver-te sorrir a cantar;

O motivo pra todo esse mal,
sintetiza-se em luxo e prazer,
pois dotado de um bom capital;
coisas simples parece esquecer.

Não me vejo assim como tal
pois a vida me fez perceber;
que esse erro parece fatal:
quanto mais se tem, quer-se ter.

domingo, 25 de novembro de 2007

Reciprocidade

Enquanto minh'alma se opõe ao pecado,
tua solicitude me faz logo crer;
motivos que tenho de estar ao teu lado,
achando que posso sem mesmo saber.

Ainda pouco me vi desvairado,
colado sem ter algo mais a dizer,
contemplando o poder desse céu azulado,
opaca opulência a que tento esquecer.

Envaideço porém quando torno a lembrar,
a discrepancia de um ato me fez decair
de todo aos teus pés resolvi me entrergar;

Apaziguando a luta entre amor e razão,
espero a tua mão poder conduzir
da turva esperança pro meu coração.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A Colheita # 2

No dia em que esse amor esquecido passar,
Por entre as escuras veredas d’outra vida,
Estigmas e lágrimas logo irão anunciar
E lamentar pela sua instantânea partida.

O risco que corres é um mero desejo;
Que questiono atrelado em sonhos meus,
De tudo faço! Corro, caio, até pelejo,
Só pra me confortar nos braços teus.

Ainda ontem, porém, assim me deixou
O tal do cheiro em mim impregnado;
Até que o vento fez esmiuçar o torpor,
Que durante dias deixou-me extasiado.

Não quero assim ser mais um personagem,
Que vaga sozinho em busca de um papel,
Atrás de pés que clamam por massagens,
Atrás de tons que se perdem pelo céu.

Longe de mim! Prefiro o dom da poesia;
Que esboça assim, imagens de você;
Lembra-me tantas caras que você fazia,
E momentos que não consigo esquecer.

Ainda que acabe o alpiste que tem em mãos,
Peço-te uma coisa para sempre lembrar:
O mundo contém ainda muitos grãos,
Mas o tempo nem sempre é bom pra plantar.

domingo, 9 de setembro de 2007

A Cicatriz

recolhidas as flores de seu buquê
prosas em versos hei de lhe dar
chantagem de um beijo ficou à mercê
do escasso tempo que não há de parar

brandos desejos cravados na dor
sintetizam luzes num céu derradeiro
espero voltar seja lá como for
a esperança que de você partiu primeiro

a ira que emana intensa fúria
fere como chaga o mais viril
descrita intensifica tal luxúria
a incompatível natureza que serviu

índoles que não mais são postas à prova
brigam cada uma por seu lugar
seja num barco, no céu ou na cova
ardente chama se exime no mar

num lapso abstraido da incerteza
corroem-se os pensamentos mais modernos
relutante incapacidade sem destreza
às quais formato neste humilde caderno

(..)

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

A Nega Tiva

Lá vens tu nega sorrindo
Com essa alma rica e formosa
Estrelas no céu vão se abrindo
A te ver passar glamourosa

O que aqui me faz necessário
É saber de onde vem tanta beleza
Se de dentro do seu armário
Ou desse tímido tom de realeza

Enquanto olho para a lua amarela
Lembrando teu belo sorriso branco
Se esvai de mim toda a sequela
E me espanto com tanto encanto

Anima-me a idéia de tentar resumir
Nas linhas tortas que gira esse mundo
Tudo o que acho e penso de ti
E as idéias que de mim é oriundo

Ainda que estes finos versos padeçam
Em retalhos mágicos de cetim ardio
Faço com que cores e formas apareçam
Em um verão constantemente sombrio

Termino assim sem nenhuma esperança
Que algo mais que um sorriso lhe dar
Quem sabe voltando a ser criança
Podemos então tornar a sonhar?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Desapego

Estranho esse tal desapego
Utopia sem limite que espreita
Total costume sem sossego
Cansado, arma a rede e deita

Emabalando ao som desse rio
Lembra o tom sustenido menor
Traumatizado apenas por um fio
Agradeceu por não ter sido pior

Frígido esse amor que não mais acalenta
Os mais diversos e secos olhares
Que vagamente repousa sob os sete mares
Papéis tingidos de púrpura murcha e lenta

Dai-me o prazer de todos os ensejos
A brilhar como o sutil e belo firmamento
Não te esqueças dos planos e dos desejos
Do pesar triste, que voou com o vento

Ainda que o corte mais profundo consentisse
O que em teu sorriso truculento esconde
Não daria ouvido às minhas doidices
Que nem as minhas perguntas mais responde

À minha mãe

Flor-de-lís

Ao amanhecer de um novo dia
Sai as ruas para aos seus dar
Carinho, beleza, pura alegria
Entre gotas estampadas em seu vago olhar

Vez em quando nos seus castos braços
Anseios fatigados palpitam de emoção
Entre ruas despidas de amores e embaraços
Um porto à espera na próxima estação

Uma voz ao longe logo anuncia:
-Lís, és tu a mais bela entre todas elas
Vermelhas, verdes, brancas e amarelas
Que entre rosas e gardênias se confundia

Infinito é o amor que sinto por ti
Que clamo tímido nesse imenso mundo
Amor maior que nunca poderei medir
Que não cabe neste abismo tão profundo

Peço-te ainda nestes versos corriqueiros
Que não tenhas medo das levianidades da vida
Que há um elo entre os montes e os coqueiros
Que separa o mal da bênção proferida

Amo-la como um homem jamais pôde amar
Abraços para as amarguras de fino sair
Fingindo ser poeta consigo conquistar
Sorrindo para o seu belo dia colorir

( ... )

sábado, 7 de julho de 2007

A arte de viver (parte II)

Ao acordar, os remelentos olhos grudados pelas lágrimas do dia anterior ofuscavam-lhe a luz e a vitalidade. Após lavá-los, preparou um café, acendeu um cigarro e, estonteante, abriu a janela para debruçar-se e sentir a primavera entrar. Os coqueiros saudavam-lhe um bom dia chuvoso com um vento sudoeste que soprava sem cessar, fazendo-o pensar.
A verdade era que não adiantava mais viver pensando que sua vida sem ela era medíocre, pois o que via se desenrolando diante de seus olhos era a pura ilusão egoísta. No início, achava que não sabia o que fazer sem tê-la por perto e se sentia um urso polar vendo o derretimento de sua morada. Ela era o seu estigma. Um amor incomum que se sustentava a base de fatores terceiros que inibiam sua essência. A verdade absoluta não existia. O que existia sim era falta de serenidade, franqueza e ousadia que dificultavam-lhe as escolhas. Os olhos se arregalavam em busca de novos olhares, mas o pequeno mundo que o cercava ainda não se mostrava por inteiro. Os pecados já não eram assim tão pequenos como pareciam. Procurava outras cores no céu para enfeitar seu dia.
O mar estava agitado. A arrebentação era o expoente que curava-lhe a longo prazo. Se o mundo dá mesmo tantas voltas, porque é tão dificil assim voltar a viver como antes? será o tempo o principal fator de tamanha façanha? onde estará o espírito do tempo?

quinta-feira, 28 de junho de 2007




A tecnologia do homem coisificado se resume em uma força exterior. E o que tá dentro? é bagaço? ou essência?



terça-feira, 26 de junho de 2007

A arte de viver (parte I)

Um dia antes ele tinha comido morango com açúcar, banana com aveia, mel, castanhas e manga com leite. Não sabia que tinha experimentado um veneno. Viu que o sangue que escorria de sua boca era um sinal. Porém, depois de ter travado algumas lutas em sua pseud0-realidade, tentou estancar seu sangramento com sal. Pode?!
Beltranus Moreira estava sozinho em casa numa bela noite de domingo. A lua já aparecia no céu. Beltranus olhava para o mar de sua janelea. Após ter coisificado sua vida em troca de felicidade durante anos, resolveu largar tudo e ir morar à beira-mar. Tinha deixado de comer algumas dessas coisas que supostamente fariam mal e redimiu-se ao papel de tolo para provocar ilusões durante quase toda sua vida. A troca nem sempre é justa. É para tanto que as novidades se revelam, como no mais puro olhar ao ver a vertigem sucubindo a céu aberto, mais puro que a cólera que faz dele um anormal. Onde já se viu?! manga com leite só faz mal pra quem tem convicção disso!
Ele seguia então ao segundo passo. As frutas colhidas em seu humilde jardim já não pareciam-lhe comestíveis. Os cogumelos, murchos, já não serviam-lhe um chá. E ao avistar o mar, só tristeza. Demonstrava ter dominado a técnica para ver o amadurecer do fruto antes do período da colheita, mas esse dom não foi dado à ele. Enganava os que pediam seu conselho e gostava de beber vinho e comer pão de alho em tempo quente. Tornou-se obsoleto no tempo.
Consigo, a realidade foi dura. Andou mundo a fora buscando a saída, mas tornou ao mesmo lugar de onde partira. Ao olhar o firmamento, vê sua vida passar diante de tanta beleza. A beleza que ofuscava-lhe a vista para esse mundo.
Ao terceiro passo, já conseguia estabelecer um equilíbrio entre o bem e o mal. Tinha vivido tempo suficiente pra saber o que queria. Mas, meus caros... a troca nem sempre é justa!. A vida parecia ir bem até descobrir a verdade.


(...)

sexta-feira, 18 de maio de 2007

DonaZica - Filme Brasileiro

que disco hein!
muito loco.. recomendo!
só é clicar em "DonaZica - Filme Brasileiro"

viva a cultua!
\o/

quinta-feira, 17 de maio de 2007

umbigo.. umbigo..

olha o umbigo aí!!

é incrível como existem pessoas que vivem em volta de seu próprio umbigo.. e que tem uma visão unidirecional! mas porque? bom.. na pior das hipóteses eu diria que é uma combinação de fatores.. mas até que ponto isso pode influenciar na vida das outras pessoas? é sempre bom olhar pros lados né? até pra trás as vezes.. mas eu não estou aqui pra falar disso!
hoje tava eu no busão indo pra aula, quando me deparo com dois hippies que sentaram ao meu lado e começaram a cantar umas musicas muito doidas em espanhol.. uma chegou até a perguntar: quem gosta de blues aí? dai eu fui o UNICO! hahah mas já era de se esperar.. :/ achei massa o que eles fizeram! na minha opinião, todos os tipos de artes de rua deveriam ser valorizadas! eu bem que pensei, po.. dois contos não vai fazer falta! quando eu chegar em casa, vou ter o que comer.. e se um dia eu resolver virar hippie(não que esteja pensando), ficaria feliz se um maluco pensasse assim! acho que a ideologia vem daí.. do pensamento que vc tá bancando algo que te proporcionou prazer, por mais que seja por pouco tempo! pena que tem muita gente que não consegue ver graça nisso! nos palhaços contando piadas.. nos malabares.. nos mágicos de rua.. etc! de uma certa maneira, isso me distraiu, já que ia atordoado pra aula por causa de um seminário da disciplina de metodologia do estudo, que era pra apresentar um livro de jornalismo cultural.
comentários à parte.. fiquei muito nervoso! gaguejei um pouco.. e percebi que eu não posso mais fazer isso: achar que posso falar um monte de coisa que eu não dou conta de falar! mas normal.. o bom é que eu consegui enxergar isso!
por isso que, como diria nas artes visuais: quanto mais se adquire olho, melhor vc seleciona o que quer..

buenas noches!