terça-feira, 7 de agosto de 2007

À minha mãe

Flor-de-lís

Ao amanhecer de um novo dia
Sai as ruas para aos seus dar
Carinho, beleza, pura alegria
Entre gotas estampadas em seu vago olhar

Vez em quando nos seus castos braços
Anseios fatigados palpitam de emoção
Entre ruas despidas de amores e embaraços
Um porto à espera na próxima estação

Uma voz ao longe logo anuncia:
-Lís, és tu a mais bela entre todas elas
Vermelhas, verdes, brancas e amarelas
Que entre rosas e gardênias se confundia

Infinito é o amor que sinto por ti
Que clamo tímido nesse imenso mundo
Amor maior que nunca poderei medir
Que não cabe neste abismo tão profundo

Peço-te ainda nestes versos corriqueiros
Que não tenhas medo das levianidades da vida
Que há um elo entre os montes e os coqueiros
Que separa o mal da bênção proferida

Amo-la como um homem jamais pôde amar
Abraços para as amarguras de fino sair
Fingindo ser poeta consigo conquistar
Sorrindo para o seu belo dia colorir

( ... )

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